Equipes colaborativas se sustentam emocionalmente

Trabalho em equipe, colaboração e cooperação estão listadas em 72% das empresas multinacionais pesquisadas que consideram essa competência como uma das mais valorizadas e desejadas para o alcance de seus resultados. Assim como para 47,5% dos líderes de grandes empresas da América Latina, pois consideram o trabalho em equipe como uma habilidade crucial para seus colaboradores.
Empresas com times engajados são até 22% mais lucrativas do que suas concorrentes. Locais com times em sintonia têm um aumento de 10% nas avaliações dos clientes e também experimentam um aumento de 20% nas vendas.

Formar e manter equipes colaborativas requer uma decisão estratégia e inteligente para os negócios e passa a ser de corresponsabilidade da área de DHO/RH e Lideranças a fim de que o melhor de cada indivíduo possa ser valorizado e reconhecido, assim, os times serão mais inovadores, produtivos e leais à organização.

Quando essa decisão é tomada, há investimentos contínuos que facilitam os acessos às tecnologias para que estes times joguem coletivamente especialmente em ambientes de trabalho remoto ou híbrido. Desde plataformas de comunicação que integram chat, videoconferência, compartilhamento de arquivos e gerenciamento de projetos. Aplicativos de mensagens instantâneas que permite a criação de canais de discussão, a ferramenta de gestão de projetos baseada em quadros, whiteboard colaborativo, criação de mapas mentais, fluxogramas e outras visualizações em tempo real onde os membros da equipe podem organizar tarefas, definir prazos e acompanhar o progresso.

Há uma ênfase na trilha de preparação das Lideranças para que saibam formar e engajar os times colaborativos e há a escolha por metodologias de suporte a essas lideranças: team-work, team building, coaching em equipe e mentorias. Há quase 30 anos no mercado, a Simbolicah estuda e cocria com seus clientes as melhores alternativas para que as lideranças possam ser corresponsáveis pela sustentação destes times colaborativos e faz um trabalho contínuo para que essas equipes sejam legitimadas em sua prática desde operações com times locais até projetos complexos com times híbridos.

Mas, com tantas ferramentas e promoção de ações comportamentais, por que é tão desafiador manter a colaboração entre as pessoas em um time ou entre áreas?
Podemos recorrer às pesquisas e literatura e diante de vários teóricos que contribuíram significativamente para o estudo de grupos e equipes, vamos citar alguns mais notáveis:

  • Kurt Lewin: conhecido por seu trabalho em dinâmica de grupo e liderança e desenvolveu conceitos importantes
    como “campo de força” e “mudança organizacional”.
  • Sigmund Freud: que também estudou a influência do inconsciente nas relações grupais.
  • Wilfred Bion: que desenvolveu a teoria dos grupos como um sistema emocional, focando nos processos grupais
    e nas dinâmicas emocionais.
  • Jacob L. Moreno: criador da psicodrama e da sociometria e a interação social de grupos.
  • Irving Janis: estudou como as decisões em grupo podem ser influenciadas por fatores psicológicos.
  • Bruce Tuckman: Desenvolveu a teoria dos estágios de desenvolvimento de grupo: formação, tempestade, normatização, desempenho e encerramento.
  • Enrique Pichon-Rivière: conhecido por desenvolver a teoria dos Grupos Operativos: abordagem que foca na dinâmica de grupo, promovendo a saúde mental e o desenvolvimento pessoal dos participantes. Atualmente, há vários estudiosos que estão fazendo contribuições significativas ao estudo de equipes colaborativas.

    Alguns deles incluem:
  • Andrew Zamecnik: estuda coesão de tarefas em equipes de aprendizado colaborativos.
  • Vitomir Kovanović: especialista em aprendizado colaborativo e tecnologias educacionais.
  • Srećko Joksimović: Conhecido por suas pesquisas sobre aprendizado colaborativo e engajamento em equipes.
  • Haidi Huang e Qiang Wang: focados em como líderes podem promover o compartilhamento de conhecimento produtivo em equipes colaborativas digitais.

    No somatório destes saberes, a Simbolicah se apoia também num renomado consultor de negócios e autor, do livro “TheFive Dysfunctions of a Team” (As Cinco Disfunções de uma Equipe) – Patrick Lencioni. Ele descreve cinco disfunções principais que podem afetar a eficácia de uma equipe colaborativa.

    Os 5 desafios a serem superados para a formação destas equipes são:
  1. Ausência de confiança
  2. Medo do conflito
  3. Falta de comprometimento
  4. Evitar a responsabilidade
  5. Compromisso com os resultados


Entendendo melhor:


Falta de Confiança: Quando os membros da equipe não se sentem confortáveis em serem vulneráveis e honestos com os outros, a confiança é comprometida. As pessoas não são genuinamente abertas aos erros e aos pontos fracos pois temem que estes pontos não serão usados contra ele e por isso não criam uma base de confiança. Quando não possuem confiança, desperdiçam quantidades incríveis de tempo e energia. Não gostam de se reunirem em equipe e relutam a pedir e oferecer ajuda.


Falta de Conflito: Com essa falta de confiança, são incapazes de se envolver em debates apaixonados e sem censura. Ficam com discussões veladas e comentários reservados. O que leva a uma cultura de evitação de conflitos, onde questões importantes não são discutidas abertamente.
Muitas vezes o conflito se limita a conceitos e ideias (ideológico) e deve sempre evitar ataques maldosos e focados na personalidade das pessoas.
Ele é importante para discutir e resolver problemas de forma rápida e saindo dos debates sem resquícios e sentimentos. As pessoas evitam conflitos porque não desejam magoar outros membros da equipe e com isso alimentam uma tensão perigosa: não debatem abertamente/discordam de ideias importantes/recorrem a ataques pessoais.


Falta de Compromisso: Essa falta de conflitos saudáveis gera a falta de compromisso, pois como não se colocam, apenas fingem concordar com as decisões. Sem confiança, os membros da equipe têm dificuldade em se comprometer com decisões coletivas, levando a debates intermináveis e falta de direção. Ninguém alimenta dúvidas quanto ao fato de dar ou não suporte às ações acordadas. As 2 maiores causas são:

  • Desejo de consenso: Terem certeza de que suas opiniões foram ouvidas e consideradas.
  • Certeza: As equipes possuem o senso de pertencimento e a capacidade de se unirem em torno de decisões e se comprometem com ações claras, mesmo quando há pouca certeza da decisão dar certo. “É melhor uma decisão do que nenhuma”.

    Somente quando todos colocam suas opiniões e percepções na mesa a equipe tem confiança e se compromete com uma decisão, sabendo que ela nasceu coletiva. A falta de comprometimento cria perigosos efeitos cascatas para os integrantes.

    Falta de Responsabilidade: Quando não há compromisso, os membros da equipe tendem a evitar responsabilidades e culpar os outros por falhas ou ainda hesitam na hora de cobrar seus colegas em relação a atitudes e comportamentos que não são produtivos para equipe.
    Há indisponibilidade das pessoas para tolerar a desconfiança interpessoal: chamar atenção para erros e conversas difíceis.

    Falta de Resultados: Sem assumir responsabilidades, a equipe não consegue atingir seus objetivos de forma eficaz, resultando em baixa produtividade e desempenho.
    É natural que as pessoas não abracem as metas coletivas por sempre buscarem um status pessoal/ ego/carreira.

    Portanto é necessário estimular o status em equipe. Os líderes precisam incentivar os resultados coletivos acima dos individuais. Ele deve valorizar de forma generosa os resultados e não recompensar apenas as tentativas.

    E como cuidar dos cinco desafios a fim de desenvolver as Equipes Colaborativas?

    A SIMBOLICAH desenvolveu uma metodologia que implica nas seguintes etapas:
  • Junto com as Lideranças e o RH/DHO – verificamos as percepções e exemplos cotidianos relativos ao time.
  • Por meio de Assessments e Escutas qualificadas (amostragem) são mapeados o grau de comprometimento com os 5 desafios.
  • Validamos com os decisores possibilidades múltiplas para a realização de uma imersão para TEAM BUILDING (presencial), apoiados em experiências: jogos cooperativos, músicas, esportes, o que normalmente é seguido por várias consultorias no mercado, mas nosso diferencial, é aportar neste trabalho: o INTER-SER. Trata-se de uma base emocional para o autoconhecimento em ressonância com o time. Essa valiosa ferramenta tem sido fundamental para que além da performance, as equipes colaborativas que se sustentem emocionalmente, pois com o apoio das neurociências e técnicas da psicologia positiva passam a compreender suas fortalezas de caráter; como lidarem com a resiliência, otimismo e desconstrução de seus sabotadores.
  • É comum seguirmos em um processo de coaching de equipe ou mentorias (apoiando as lideranças deste time) por até 3 encontros (em sessões on-line), a fim de validarmos na prática cotidiana as ações, os novos rituais e comportamentos estabelecidos para o fortalecimento dos 5 desafios.

    Ao nosso ver, a saúde emocional das equipes é essencial para dar conta dos 5 desafios que são impulsionadores da produtividade, da inovação e do bem-estar geral no ambiente de trabalho.

    Os ganhos de uma equipe emocionalmente saudável está no ganho de uma maturidade que os capacita darem maior importância ao suporte mútuo, pois se sentem apoiados e isso pode reduzir o estresse e aumentar a resiliência, pois:
  • Colaboram de Forma Eficiente: usando as ferramentas e plataformas de trabalho em equipe e metodologias ágeis, com mais engajamento e isso faz aumentar a produtividade e a inovação.
  • Exercitam a Comunicação Aberta: Promovem uma cultura de comunicação honesta ajudando a resolver conflitos rapidamente e a evitar mal-entendidos. Isso inclui oferecer feedback construtivo entre eles.
  • Gerenciam o Estresse Coletivo: incentivam pausas regulares, e participam juntos das ações dos programas de bem-estar, o que pode ajudar a prevenir o burnout. Compreendem e flexibilizam os horários a fim de atender necessidades específicas da vida social-familiar de seus integrantes quando necessário.
  • Compartilham Saberes: oferecem espontaneamente ajuda entre si com conceitos e expertises a fim de multiplicar seus conhecimentos.
  • Reconhecem e celebram entre si seus esforços e conquistas individuais e coletivas não ficando a dependência destes rituais com suas lideranças.

    Fale conosco e saiba mais!

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