Um pouquinho de contexto:
Se você que está lendo este texto, tem menos de 40 anos, deve achar natural os termos usados hoje para descrever alguns transtornos mentais-cognitivos: TDAH – Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, TOC – Transtorno obsessivo-compulsivo, Ansiedade, Depressão, Esquizofrenia, Transtorno de personalidade Borderline, Síndrome de burnout , TEA – Transtorno do espectro autista e outras tantas terminologias encontradas no CID-11 (Classificação Internacional de Doenças, 11ª edição) ou no DSM-5-TR (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição). Caso já tenha um pouco mais de história de vida, compreenderá que nem sempre estes termos eram de fácil compreensão, além dos preconceitos para podermos expressá-los abertamente.
É importante sempre olharmos o contexto histórico, e talvez você não faça ideia da luta para a compreensão e tratamento de nossa saúde mental, pois viemos de uma cultura onde a Psiquiatria e a Psicologia, fizeram inúmeros experimentos, sempre numa tentativa positiva de cuidar, mas que cometeram e ainda cometem erros, alguns irreparáveis para nossa condição humana.
A saber, a luta antimanicomial no Brasil. é uma história de resistência, transformação e busca por dignidade no tratamento das pessoas com sofrimento mental. O Movimento da Reforma Psiquiátrica teve início no final da década de 70, durante o processo de redemocratização do país. Nesse contexto, surgiram denúncias sobre as condições desumanas nos hospitais psiquiátricos, conhecidos como manicômios e em pleno regime militar, levou à demissão da maioria dos denunciantes da época de alguns destes locais. Alguns dos mais conhecidos:
Hospital Colônia de Barbacena (MG) – Encerrado oficialmente em 1980
Hospital Psiquiátrico Pedro II (RJ) – Encerrado em 2002. .
Hospital do Juquery (SP) – Gradualmente desativado a partir dos anos 2000 .
Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) – Diversos destes hospitais em todo o Brasil estão sendo desativados. A Resolução 487/2023 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) previa a desativação completa desses hospitais até maio de 2024.
Recomendamos que conheçam a história de alguns deles:
- Documentário disponível na Netflix e no YouTube: Holocausto Brasileiro: Baseado no livro homônimo de Daniela Arbex, fala do Hospital Colônia de Barbacena (MG): Conhecido como “Holocausto Brasileiro” devido às condições desumanas e ao alto número de mortes.
- Filme disponível na HBO Max, Apple TV, Amazon Prime Video e outras plataformas de streaming. Nise – O Coração da Loucura. Este filme conta a história da psiquiatra Nise da Silveira, que revolucionou o tratamento psiquiátrico no Brasil ao introduzir terapias artísticas.
- Documentário disponível na Globo Play: “Juquery – Lugar Fora do Mundo”. Este aborda as violações de direitos humanos que ocorreram no hospital.
Somente em em 1989, o então deputado Paulo Delgado (MG) apresentou o projeto da Lei da Reforma Psiquiátrica (ou Lei Antimanicomial), essa lei propõe mudanças significativas no tratamento psiquiátrico, visando à redução dos manicômios e à promoção da inclusão social e cidadania das pessoas com sofrimento mental..
Hoje o Brasil conta com 2.795 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), criados entre os anos de 1980 e 1990 e vem promovendo um tratamento mais humanizado e integrado à sociedade.
Portanto, ainda estamos “em evolução” para todas as possibilidades de tratamentos que todos temos merecimento e direito por identificar e tratar.
A importância deste resgate histórico para o cenário atual:
Vamos compreender que são apenas 35 anos de avanços e desafios nos tratamentos para a saúde mental no Brasil. Até pouco tempo, as pessoas que possuiam os mesmos sintomas ou síndromes que hoje nos são mais familiar ou ao menos temos uma melhor compreensão como a Depressão,Transtorno Bipolar, Síndrome de Down, Transtorno de Sono e pasmem até Epilepsia, eram internados e submetidos a tratamentos praticamente com os mesmos medicamentos ou procedimentos.
Lembre-se: se ouvimos algumas destas frases :
- Ele/a tá doidinho…. pede para internar! (ref. hospital psiquiátrico)
- Ah! Não se preocupe, ele/a é muito estressado/a mesmo.
- Não tomou o remedinho dele/a hoje, coitado/a!
- Veio do Juquery?
- Na minha época, depressão não existia.
- Falta força de vontade para você superar isso.
- Ele/a está Pinel! (Instituto Philippe Pinel – hospital psiquiátrico Rio de Janeiro-1937).
- Depressão é desculpa para não trabalhar, isso sim.
- Tudo agora é Burnout!
- Vai arear panela que sua raiva passa!
- Ela tá naqueles dias! (ref Tensão Pré Menstrual)
- Ele/a entrou um surto!
É porque temos muito para evoluir na redução do estigma e banalidade da saúde mental na sociedade e garantir que ela seja reconhecida e tratada com respeito, dignidade e humanidade. Afinal, o estigma/ preconceito atrasa em até 10 anos o tratamento.
Caso você ainda não saiba, a origem do setembro Amarelo começou nos EUA, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio, em 1994.
Mike era um rapaz muito habilidoso e restaurou um automóvel Mustang 68, pintando-o de amarelo. Por conta disso, ficou conhecido como “Mustang Mike”. Seus pais e amigos não perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos e não conseguiram evitar sua morte.
No dia do velório, foi feita uma cesta com muitos cartões decorados com fitas amarelas. Dentro deles tinha a mensagem “Se você precisar, peça ajuda!”.
A iniciativa foi o estopim para um movimento importante de prevenção ao suicídio, pois os cartões chegaram realmente às mãos de pessoas que precisavam de apoio. Em consequência dessa triste história, foi escolhido como símbolo da luta contra o suicídio, o laço amarelo.
O suicídio é um problema de saúde pública multicausal, que sofre influência de fatores sociais, econômicos, raciais, etários, culturais, psicológicos, entre outros. Em nosso País, os registros se aproximam a 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia (dados GOV.br set/23).
Sendo o suicídio um fenômeno prevenível, no Brasil, a campanha Setembro Amarelo foi criada no ano de 2015: um projeto desenvolvido em conjunto com o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A finalidade dessa campanha é conscientizar sobre a prevenção do suicídio e trazer à tona informações importantes sobre a segunda maior causa de morte de jovens no mundo.
A data vem se expandindo para várias Organizações e principalmente para o mundo corporativo como uma data propícia sobre a conscientização de Saúde Mental, pois um levantamento realizado com 300 empresas, (Mental Clean), mostrou que os índices de tentativa e ideação suicidas tiveram um aumento de 367% em 2023. A sensação de ser um fardo, o desespero e a desesperança são sentimentos comuns a quem passa por esse tipo de situação. Uma atuação imediata de apoio e orientação não só para a pessoa, mas também para a empresa e os familiares, pode fazer muita diferença.(Globo – out/23)
A saúde mental no ambiente organizacional:
No ambiente profissional, pessoas que sofrem com algum problema de saúde mental procuram esconder tal situação por medo de sofrerem discriminação e consequentemente com a falta de oportunidade para evoluirem em suas carreiras ou até mesmo estarem entre as listadas para demissão. Assim, não compartilhar um sofrimento psíquico e não ser capaz de pedir ajuda é uma situação estressante, o que pode adoecer ainda mais.
O uso de antidepressivos cresceu 37% no Brasil em 2023, um indicador preocupante da
crescente tensão emocional enfrentada pelos colaboradores. E segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), problemas de saúde mental resultam na perda de 12 bilhões de dias de trabalho anualmente, o que custa à economia global cerca de US$ 1 trilhão. No Brasil, os transtornos psicológicos são a terceira causa de perícias médicas no INSS, com a depressão ocupando a primeira posição.
Independente das gerações que se cruzam no ambiente corporativo o esgotamento profissional é geral.
Contribuindo com os números, o Brasil também ocupa o 5º lugar de país mais depressivo do mundo, 2º lugar de país mais estressado do mundo e 1º lugar de país mais ansioso do mundo. (Dados OMS). Segundo a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), o Brasil é o país mais atingido pela depressão na América Latina, com 5,8% da população afetada e 9,3% sofrendo ansiedade.
Quadros de ansiedade e depressão custam cerca de 12 bilhões de dias de trabalho anualmente e US$ 1 trilhão à economia global. Problemas de saúde mental, como estresse e ansiedade, são agora os mais comuns no local de trabalho, representando 52% de todos os casos de lesões ou doenças no ambiente profissional. (revista Forbes – out/23)
Apenas os casos de depressão levam a 280 mil afastamentos por ano, o que custa mais de R$ 200 bilhões em faltas, perdas de produtividade e despesas com assistência médica.
Os custos de doenças mentais são, segundo o The Economical Costs of Mental Disorder , 30% diretos (tratamento) e 70% são custos indiretos (perda de produtividade-presenteísmo).
Para a OMS – Organização Mundial da Saúde, a definição de Saúde Mental é um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades. Portanto, estamos todos em busca de nosso melhor viver e, com certeza, em diferentes etapas de nossas vidas, dada a complexidade deste mundo moderno, poderemos ser acometidos por alguma doença psíquica.
E para Christophe Dejours: “Sempre houve prevalência de sofrimento e doenças mentais relacionadas ao trabalho do qual nunca efetivamente nos livramos. Vemos a nossa capacidade produtiva cercada de insegurança, vulnerabilidade, competitividade, individualismo e sofrimento”.
Preparando a organização para: Falar, Ouvir e Viver
Se a alta direção não creditava às ações do RH e às áreas de Saúde e Segurança do Trabalho ligadas ao bem-estar e saúde emocional de seus colaboradores, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deu um jeitinho de acelerar o processo de conscientização e mobilização das empresas e oficializou, em janeiro de 2022 a Síndrome de Burnout como um transtorno de ansiedade ligado exclusivamente ao trabalho.
A International Stress Management Association do Brasil (ISMA-BR) estima que 30% dos brasileiros sofram com o problema.
Aqui no Brasil, em 2023 o Ministério da Saúde atualizou a lista de doenças relacionadas ao trabalho e incluiu o Burnout, além da ansiedade e depressão, como patologias que podem ser decorrentes do estresse excessivo vivido no ambiente profissional.
E no final de março/2024, o Governo Federal sancionou a Lei nº 14.831/2024, também conhecida como a “nova lei da saúde mental”, que passará a reconhecer formalmente empresas/organizações que promovem a saúde mental de seus colaboradores com o Certificado da Empresa Promotora da Saúde Mental. Sabemos que na prática, há muitas premissas ainda para se estruturarem e a busca por evitar o “Mental Health Washing” ou “Carewashing”, ou seja, apenas um discurso sobre saúde mental, favorecendo o marketing, mas sem ter ações comprovadas e efetivas.
Esse certificado será concedido às empresas que demonstram práticas eficazes na promoção da
saúde mental e do bem-estar de seus trabalhadores e terá validade de dois anos, podendo ser revogado caso seja constatado o descumprimento das diretrizes estabelecidas na lei. A certificação será realizada por uma comissão específica ainda a ser nomeada pelo governo federal, através de regulamento. Após o período de dois anos, a empresa deverá passar por nova avaliação para renovação. Enquanto válido, as empresas poderão utilizá-lo em sua comunicação e materiais promocionais.
Há 03 pilares de base com uma série de critérios para o alcance desta Cerificação:
- Promoção da Saúde Mental
- Bem-estar dos colaboradores
- Transparência e prestação de contas
Para saber mais acesse: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.831-de-27-de-marco-de-2024-550880993
Até que isso aconteça e entre em vigor com seriedade é preciso evitar o “modismo” e já contextualizamos que é preciso quebrar os tabus, para falar e tratar de saúde mental no trabalho, antes de oferecer os caminhos para os tratamentos.
Aqui na SIMBOLICAH, em quase 30 anos de atuação, temos acompanhado uma tendência em medicalizar emoções já que constatamos que não fomos treinamos a reconhecer e lidar com elas. Portanto priorizamos que o primeiro passo seja o letramento de toda organização em SAÚDE MENTAL x SAÚDE EMOCIONAL, ou seja, ao nosso ver a cultura do bem-estar precisa desmascarar o princípio da “positividade tóxica”. É necessária a permissão para ser humano! Isso se dá aprendendo a diferenciação das nossas emoções diretamente ligadas às dimensões de nosso bem-estar (físico – emocional – relacional – intelectual – espiritual). Quando conseguimos qualificar o que sentimos e principalmente o porquê sentimos, conseguimos fazer com que as pessoas não medicalizem suas emoções. As incentivamos a buscar apoio médico e psicoterapeutico de forma preventiva e/ou remediativa.
Se trabalhamos numa organização cuja cultura compreende o que é saúde mental e incentiva práticas de saúde emocional, os colaboradores ganham o suporte das lideranças e o apoio dos colegas, caso necessitem de um afastamento para se cuidarem, podendo demonstrar suas fragilidades, vulnerabilidads e esse movimento é um grande avanço.
Sempre alertamos nossos clientes para o discernimento dos encaminhamentos para as sessões psicoterapêuticas às pessoas que realmente precisam, sejam sessões tradiocionais ou em plataformas virtuais. Mas esse precioso recurso não pode ser confundido como solução para o desenvolvimento de comportamentos e novas softskills necessárias no mundo corporativo. Por exemplo: O colaborador precisa ter técnica para enfrentar situações de conflitos com seus pares ou superiores. A terapia pode dar o suporte emocional e o treinamento de comunicação positiva assegura o “como” poderá enfrentar a situação.
A cultura da saúde emocional e do bem-estar é um pilar estratégico para o negócio, que vai muito além de conscientizar as pessoas por meio das campanhas e ações no mês SETEMBRO AMARELO ou JANEIRO BRANCO, ambos referenciando a saúde mental.
O ponto mais relevante é começar com a preparação das Lideranças, pois esse nível de cargo sofre pressões que impactam sua saúde mental quando não há suporte na cultura organizacional. Somente quando esse profissional for capaz de assumir seu autocuidado, conseguirá cuidar de sua equipe. Ele/a compreenderá que o tal “ ambiente psicologicamente saudável”, que todos buscam, é percebido por sua equipe pelos exemplos que dá. Ou seja, desde a observação da frequência e o interesse genuino pelos motivos dos afastamentos de seus colaboradores até os protocolos corretos diante de alguns sintomas e comportamentos fazendo os encaminhamentos necessários junto à área de RH e Medicina do trabalho.
O grande desafio aqui é saber fazer uma boa leitura de contexto dos diferentes públicos e gerações. Afinal, não há nada tão DESIGUAL como ter a pretensão de tratar com IGUALDADE pessoas completamente DIFERENTES.
Temos hoje, até cinco gerações diferentes trabalhando dentro de uma mesma organização e cada
geração enfrenta desafios únicos em relação à saúde mental e emocional, influenciados por fatores culturais, referências das redes sociais que participam e de seus desafios sócio-econômicos.
Há ainda os aspectos bio-psico-neural da idade, experiência de vida e a resposta aos agentes estressores que varia em relação a regulação hormonal, funcionamento do cérebro e até mesmo vieses inconscientes.
Há grupos minorizados, pessoas pretas, com deficiência, LGBTQIAP+ que possuem necessidade de acolhimento emocional, devido a discriminação e falta de representatividade fora e dentro das empresas o que pode contribuir para o aumento de ansiedade e sentimentos de isolamento nas equipes desses profissionais.
Lideranças bem preparadas para abordarem a saúde mental sem estigmas e serem promotoras de um ambiente seguro para que estes diferentes perfis se sintam encorajados para trazerem suas vulnerabilidades (grupos minorizados) e expectativas em relação a carreira (Millennals e Geração Z), preocupações com a transição de vida (Geração X, Baby Boomers) é, sem dúvida, um diferencial das empresas que se destacam.
Cabe ao líder ser um dos principais entusiastas e incentivar opções para que todos os integrantes de sua equipe tenham condições e acesso aos programas oferecidos pela empresa: saúde física, mental e social. Mas precisamos ter em mente que, preparar esse nível de profissional requer programas bem direcionados, fora das prateleiras, ou seja, um desenvolvimento de líderes com conteúdos para que eles/as sejam capazes de compreender e prontamente já revisarem seus rituais e práticas com seus times. Esses programas podem ser continuados com grupos de estudo, coaching de equipe ou mentorias.
Lideranças que exercitam a escuta ativa e têm um olhar atento são essenciais para identificar os primeiros sinais de problemas emocionais em suas equipes. Sendo alguns deles: queda na produtividade; aumento da irritabilidade; aparência de cansaço; alteração de humor repentina; negatividade em relação aos processos e novas ideias; apatia nas reuniões e ansiedade (causador de insônia).
Ouvir palavras de apoio e flexibilizar os horários de trabalho a fim de viabilizar as consultas psicológicas/ psiquiátricas, ações essas demonstradas pelo líder, facilitam o processo de tratamento deste profissional e reforça um campo seguro para os demais integrantes daquela equipe.
Na Simbolicah nos distanciamos de ações tomadas pelo impulso ou modismos que chegam ao mundo corporativo pois como estamos diante de problemas complexos de mundo, as consideradas soft skills serão mandatórias: pensamento sistêmico, trabalhos colaborativos, comunicação autêntica, compaixão, gratidão e até perdão. Por isso é fundamental, como ponto de partida, para qualquer intervenção, saber qual o nível de maturidade da saúde mental da sua empresa/ organização:
Há empresas que atuam no modelo REMEDIATIVO – a fim de darem conta de tratamentos emergenciais frente aos casos de adoecimento com afastamentos, tratamentos com medicamentos, psicoterapêuticos, rodas de acolhimento, inclusive em casos de tentativas de autoextermínio.
Outras visam a intervenção PROTETIVA – pois estão atentas aos primeiros sinais apresentados em suas pesquisas internas, análise junto à área de medicina do trabalho e relatos trazidos pelas lideranças.
Aquelas que investem no foco PREVENTIVO – com ações de letramento, cursos de formação e treinamento em temas ligados ao autocuidado e relações positivas.
E as que estão em busca da REGENERAÇÃO – são disruptivas em sua maneira de gerir seus negócios e sua relação com os colaboradores, buscando com eles novas formas de tornar o trabalho eficiente e balanceado com suas expectativas de vida.
Portanto, queremos reforçar que não se trata de adotar boas práticas de Saúde Mental divulgadas pelo mercado sem antes ter a real dimensão dos principais pontos a serem trabalhados na cultura da empresa, bem como o que de fato se sustentará pelos investimentos contínuos e aprimorados pelos avanços na maturidade de suas pessoas e processos.
O real interesse pela saúde mental dos colaboradores acontece quando os preparamos para saberem lidar com as mudanças da vida, sejam elas nem sempre desejadas, fáceis e positivas. Ensiná-los a mudança como uma oportunidade de recomeço, como uma renovação. As mudanças sempre provocam uma necessidade de adaptação, e isto pode ser um aspecto muito positivo de crescimento e aprendizado.